29 de abr. de 2008

VIDAS INTERROMPIDAS


A vida é a mais valiosa dádiva de Deus, de tamanha grandeza e importância aos seus olhos, que merece ser o respeito em toda a sua dignidade.
Vivemos um estado crítico de guerra civil, em que os cidadãos de bem, aqueles que são pais, que são mães, que são filhos, que têm um coração feito de bondade, vêem-se prisioneiros de atos cometidos por delinquentes nada humanos, por sua vez, vítimas de seus próprios atos sanguinários. Atrozes, cruéis, covardes, desumanos, de corações de pedra, os mesmos infiltram-se em todas as camadas da sociedade, matando, roubando, violentando sexualmente os indefesos, matando-os brutalmente.
Não foi para viver exterminando-nos uns aos outros que Deus nos concedeu a vida, mas , para viver como uma só fraternidade. Aqueles que promovem o bem da família e da sociedade são dizimados por profunda criminalidade praticada por corações feitos de ódio, de almas frias.
O Brasil se vê amordaçado, quando se interrompem as vidas de suas crianças, jovens, idosos, dizimados em série, de forma brutal, então, o que restará dele se nele se interrompem estas vidas? Para onde vamos, em meio a tanta violência, que não descansa, não dá chance de defesa, está em confronto com o bem, até com Deus? Será que ainda temos a oportunidade de nos salvar desta lança venenosa, famigerada chamada violência? Só o amor e a força de Deus é que nos deixarão viver como irmãos.
O Brasil assiste indignado ao caso de Isabela, um a criança despedaçada com abominável brutalidade , sufocada e lançada edifício abaixo, segundo os peritos.
O caso do menino João Hélio, São Paulo, que ia de carro com a mãe, num assalto, preso ao cinto de segurança, é morto ao ser arrastado pelas ruas a grande velocidade, foi uma tragédia que chocou o país, pela crueldade dos marginais.
Recém-nascidos no lixo, no córrego, em portas de repartições são casos de violência que fere a dignidade de tão frágeis criaturas.
Sair, mas não voltar é cruel, dada a violência que nos assusta, evidente em assassinos de sangue congelado, algo nunca visto entre nós. Trata-se do casos Luana de Jesus, uma menina cheia de vida, certamente, com sonhos, seduzida naquele dia 21 de abril de 2008 por marginais forasteiros, dominados por forças malignas. Vivemos um momento de dor, que choca toda Jardim, que se cobre de luto.
Outros casos graves de violência contra jovens, idosos, estão no passado, como que esquecidos, mas, na nossa memória: o caso Zé Roberto, assassinado cruelmente, no auge de sua juventude; o caso Sandra, num sábado, assassinada a queima roupa, à luz do dia, em via pública, estarrece qualquer coração de carne.
A marginalidade viola o poder democrático, invalidando a função da segurança que não se vê capaz de coibir o terror contra a vida.
Idosos, um exemplo de serenidade e bondade, crianças, o espelho da virtude e da pureza, são vítimas da violência familiar e social junto a monstros incapazes de viver no meio da da civilizaão.
Anos atrás. Brasília, um grupo de jovens age como vândalos ao atear fogo no índio Galdino, que dormia numa praça e, depois, afirmam ter praticado só uma brincadeira.
Portanto, diante de tal cenário de crueldade, em Jardim ou longe de nós, cobrimo-nos de luto, indignação e perplexidade, o que nos leva a seguir de mãos dadas em defesa da vida, fortalecidos pelo poder de Deus.

Aldemir Cordeiro de Menezes em 25 de abril de 2008.

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